Seminário Internacional - Álcool, Saúde e Sociedade

 

Nos dias 24 e 25 de outubro de 2016, o Programa Institucional de Apoio a Pesquisas e Políticas Públicas sobre Álcool, Crack e outras Drogas (PACD) da Fiocruz, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde, promoveu o Seminário Internacional Álcool, Saúde e Sociedade. 

O evento contou com palestrantes como Thomas Babor (foto acima), professor da Universidade de Connecticut e autor do livro Alcohol: No Ordinary Commodity, considerado a maior referência já escrita no estudo sobre álcool, sociedade e saúde.

O encontro abordou os aspectos epidemiológicos, históricos e culturais do consumo de álcool, assim como as políticas públicas no Brasil e na América Latina. 

Na abertura do evento, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação, Valcler Rangel, destacou que o seminário é mais uma iniciativa da Fiocruz para a abordagem científica do uso e das políticas de drogas lícitas e ilícitas. “É por meio de iniciativas assim que caminhamos para mudanças na legislação de drogas nos poderes Legislativo e Judiciário e até mesmo no SUS”, afirmou.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, afirmou que “o álcool, por ser uma substância lícita, se coloca no lado oposto da proibição, oferecendo um contraexemplo [à maconha]. A bebida lembra que a descriminalização não é o passo definitivo nas políticas de drogas, uma vez que elas também levam a agravos”. Gadelha exaltou o compromisso institucional da Fiocruz de debater os temas “de forma embasada, sem medos nem tabus” e destacou o papel do Programa Institucional para que isso ocorra.

O evento teve palestrantes internacionais como Thomas Babor, professor da Universidade de Connecticut e autor do livro Alcohol: No Ordinary Commodity, considerado a maior referência já escrita no estudo sobre álcool, sociedade e saúde. Dentre os fatores causadores dos problemas ligados a álcool, ele explicou, estão preços baixos, a fácil disponibilidade, uma cultura de bebida em excesso, estratégias de marketing agressivas e a ausência de controles regulatórios: “juntos, estes fatores produzem uma ‘tempestade perfeita’, que leva a epidemias, especialmente entre os jovens”, disse.